segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O chá, cultivo colonial


Até ao século XIX, a China foi o único país produtor de chá para exportação, embora na Índia, no século anterior, se tivessem feito as primeiras tentativas de o cultivar. Estas tentativas foram travadas pela Companhia Britânica das Índias Orientai, por considerar que punha o seu monopólio sobre o produto em perigo. No entanto, as relações comerciais entre a China e a Grã-Bretanha pioraram durante as primeiras décadas do século XIX. Isto fez com que os britânnicos começassem a procurar novas regiões para desenvolverem o cultivo do chá, evitando assim, a dependência da China, o que acabou por acontecer em 1823, quando descobriram, na região de Assam, chazeiros silvestres. Assam situa-se no Norte da Índia, numa região que reúne as condições climatéricas e a altitude necessárias para o cultivo do chá. Um empregado da Companhia Britânica das Índias Orientais, Charles Bruce, dedicou-se a cultivar pequenas plantações de chá e convenceu os seus superiores de que o chá que cultivava tinha a mesma qualidade que o chá vindo da China. Em 1838, chegaram a Londres as doze primeiras caixas de chá procedentes de Assam. Com o aval dos peritos, no ano seguinte, fundou-se a Companhia de Assam, que começou a expandir-se a outras zonas do norte do país. A partir desse momento, a Índia, que era uma colónia britânica, transformou-se num dos maiores produtores de chá, e muitas famílias inglesas estabeleceram-se lá para tentarem enriquecer com tão promissor negócio.
Outra colónia britânica, o Ceilão, foi escolhida para ser um centro de produção de café. As selvas extensas do país foram devastadas para dar lugar a grandes plantações de café. Porém, depois de vários anos de trabalho, uma doença causada por um fungo - o Hemileia Vastratix - destruiu todas as plantas de café, produto que nunca mais foi cultivado em grande escala do Ceilão. (incompleto)

images in http://pt.wikipedia.org/wiki/Assam
in Ficha nº 12 - "O Reino dos Chás" - Jornal de Notícias, 2005

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